O dia começou cedo e a animação e o entusiasmo estavam patentes no rosto dos nossos Vencedores.
Depois de uma longa viagem até à Cidade dos Estudantes, a visita começou no Laboratório Chimico, concebido para o ensino experimental da Química, e cujo edifício é considerado o mais importante edifício neoclássico português. Aí, em visita guiada, ficaram a conhecer as salas abertas ao público, onde interagiram em vários painéis/mecanismos que os aproximou da Ciência.
Em seguida foram à descoberta do Gabinete de Curiosidades. Nesta sala é possível sentir todo um mundo construído por objetos “estranhos” e invulgares que pela sua beleza e caracter enigmático despertam curiosidade, a interrogação e a vontade de saber aos visitantes de todas as idades. Neste local não há legendas explicativas, porque se pretende recrear a pré museologia de ciência onde a contemplação e a admiração eram levadas ao extremo.
Seguiu-se o almoço.
No início da tarde partiu-se à descoberta dos tesouros do Pátio das Escolas, com encontro marcado na belíssima Porta Férrea. Começaram pelo Palácio Real, percorrido sob a batuta de um guia extremoso e profundo conhecedor deste belo espaço.
A meio da tarde foram guiados até à Capela de São Miguel, um espaço, que é simultaneamente sumptuoso e harmonioso, e onde se destacam os tetos, o revestimento azulejar, o altar mor, o Sacrário e o belíssimo Órgão.
A visita ao Pátio das Escolas terminou com a sua joia mais espetacular: a Biblioteca Joanina, concluída em 1728. A Biblioteca Joanina é o expoente máximo do Barroco português e considerada uma das mais ricas bibliotecas europeias. No seu interior existem cerca de 60 mil volumes, datados do séc. XVI ao séc. XVIII que, ainda hoje, podem ser consultados.
Deslumbrados com a beleza do espaço, com a riqueza da decoração, e com a quantidade de exemplares expostos, os nossos meninos lamentavam a proibição de tirar fotografias no seu interior.
A passagem por Coimbra terminou com a visita à Casa-Museu Miguel Torga, residência do escritor. Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, foi um dos mais influentes escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
Do acervo deste espaço museológico fazem parte, não só algumas primeiras edições da sua obra e manuscritos, mas também objetos pessoais e peças de arte (pintura, cerâmica, arte sacra).
Deslumbrados com os conhecimentos adquiridos, com os espaços visitados, com os momentos de socialização, de boa disposição e camaradagem, os Vencedores regressaram com uma vontade imensa de voltar a participar nos Concursos de Leitura promovidos pela Biblioteca Escolar.